18 de maio de 2010

Às vezes, lá calha...

«Na noite anterior, a escuridão tinha-me parecido quase toda feita de árvores; e agora, ao abrir a janela, pensei que elas se tinham ido ao amanhecer. Havia só uma lhanura imensa com um ar claro; e as únicas árvores eram os plátanos do canal. Um pouco de vento fazia-lhes mover o brilho das folhas; ao mesmo tempo assomavam-se à “avenida de água” tocando disfarçadamente as copas. Talvez ali pudesse começar a viver de novo com uma alegria preguiçosa. Fechei a janela com cuidado, como se guardasse a nova paisagem para olhá-la mais tarde.»

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