10 de fevereiro de 2011

Nem sempre a lápis (131)

Quando somos jovens, temos uma especial apetência para confundir maturidade com cinismo; saudável incontinência da guelra. Na verdade, passei a falar menos e a sorrir mais, a ouvir e a ler outro tanto; de barbatana cruzada. Sabe-me bem dar uns mergulhos na torrente de escrita a que nunca teria acesso a um ínfimo salpico, sem a Net. Por outro lado, começo a desconfiar se somos um país de poetas ou de meros fingidores, entre tantos e tantas línguas; apátridas na Rede. Revejo-me nesse caudal e lembro a ansiedade da escrita; à toa, tanto melhor. Se fosse, mas felizmente não é possível nem desejável revê-los com a minha idade, gostava de ver a maturidade com que encaravam o cinismo; a opção.

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