2 de junho de 2011

Nem sempre a lápis (172)

A lojista perguntou se queria que guardasse os sapatos na caixa dos ténis. Levantei-me com eles calçados; dei uns passos, assentam-me bem. Agradeci e pedi que os desse a alguém. Não deve faltar gente com necessidade de calçado; na Anchieta, no largo do São Carlos. Aprecio muito estes diálogos ao balcão; mercearia, leitaria, drogaria, lugar à altura do passeio. Conversa-se cada vez menos nas livrarias. Inconformada, sorriu e insistiu se não gostava dos sapatos, se magoavam. Magoam-me a imagem; despedi-me, refeito.

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