20 de julho de 2011

Nem sempre a lápis (189)

Creio que os leitores e os ocasionais visitantes do blogue talvez nunca tenham compreendido o outro motivo porque publico excertos da tradução que estou a trabalhar; a cumplicidade. Seria de um pretensiosismo incomensurável seduzir-me e bajular-me com a possibilidade, remota, de alguém ter notado alterações numa segunda leitura; por outro lado, admito que nem lhes ocorra uma revisão quase imediata do que seleccionei ao pré-visualizar a página. Retirado o excerto do contexto, ilustrado ou ainda não, surge-me e leio-o como peça anónima que me permito corrigir sem a preocupação de ferir autorias. O que eu gostava, era que os ocasionais visitantes e os leitores desse texto que possa ter-lhes retido a atenção, comentassem, a tempo, o que possa vir a decepcioná-los no livro. É pedir muito? Não creio, assim como creio que haverá leitores que não o fazem possivelmente inibidos pelo pudor, chamemos-lhe assim e a convicção não andará por muito longe, de se atreverem a fazer reparos. E alguns, gritantes, verifiquei há dias, ao substituir «ele prepara o café», copiado do original, por «ele faz o café», na tradução. Não foram só as Sanjo, não foi passar o dia de anos a tirar fotos na Travessa da Espera, não foi só a apresentação e a leitura de Golgona Anghel do livro, a braços com a segunda parte do conto, nem a expectativa do que a Inês Mateus andará a engendrar para paginá-lo. Também não foi a fotografia tirada por uma empregada – à socapa, pretendendo que tirava às pequenitas – com que actualizei o perfil. Um pouco mais tarde, o Henrique Fialho respondeu à minha dúvida quando iria de férias, acusando a recepção do livro e acrescentando para agendar uma dormida «num sofá ou num colchão rente à terra», na segunda quinzena de Agosto, lá prós lados do Rogil. Aceitei, naturalmente; não ia perder a oportunidade de rever, no terreno, uma noite no deserto. Vem tudo em catadupas; leituras vadias em Coimbra e no Porto, lá para Setembro, entre e-mails inconfessáveis, para não dar azar.

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