6 de setembro de 2011

Nem sempre a lápis (208)

A esplanada tem vista para tudo. Hoje, até para portadores de T-shirt com chapéu-de-chuva; vem aí a barrela de Setembro. E tem uma leitora compulsiva, residente desde que o baldio é esplanada. Vinte anos? Talvez. Uma senhora ressequida pela leitura; seguida, linha a linha, com um marcador. Passámos a cumprimentar-nos e oferece-me um sorriso tão doce, acompanhado pelo do marido; menos presente. E retomo o mesmo livro de John Berger, agora em português, chegado pelo correio e entregue em mão pela porteira; como quase sempre: «O funcionário, aos gritos, dava indicações para apanharem a lebre – eu segui o meu caminho e transpus a fronteira.»

5 comentários:

Anónimo disse...

quero me casar com esta foto.

fallorca disse...

E lido em Porto Covo, imaginas ;)

imo disse...

:) Porto Covo e Berger tem mesmo "vista para tudo".
Recebidíssimo :) Qualquer um da Hiena me enche as medidas, e Michaux muito mais. Muito obrigada!

fallorca disse...

Naice :)

R disse...

Adoro esplanadas. E um dia li uma frase sobre elas que nunca mais esqueci: "Não achas que a esplanada é uma pequena pátria a que somos fiéis? Sentamo-nos aqui como quem nasce."