10 de agosto de 2012

Nem sempre a lápis (307)

Animais domésticos
(1970/1980)

A nossa vocação é esta: entrarmos freneticamente nos lugares públicos e não decidirmos o espaço.
Ou, apoderados de sentimentos novos, atravessarmos os corredores do vento e achar uma pedra.



12. Não sei que mão traga a linguagem, quando os barcos desocupam a memória e a demência encanta as algas. As paredes cantam a inocência desordenada. Só a água é veloz sob o mês de maio.
E então, digo: casa, e a palavra casa agoniza ao fundo da escada que a mãe desce, devagar, para o jardim. As pessoas invadem os campos em movimento, e eu estou órfão no fim da europa, como uma ilha bêbada.

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