19 de agosto de 2012

Nem sempre a lápis (310)

Animais domésticos
(1970/1980)

17. Levantando-se do fogo dos sonhos este homem tem na mão um pássaro azul – um pardal – e olha para trás do horizonte.
Quando chove, o brilho precipita-lhe o canto. E frutas, ventos, escritas brevíssimas, florescem-lhe junto aos pés, levantados dos caminhos.
É um homem a todo o tamanho da sua alegria e dor.
Um homem exacto e inteiro às portas do ar.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei muito!