18 de abril de 2013

Nem sempre a lápis (360)

até Jajouka
(2006)
20. A Nico chamou-me para vermos pela enésima vez, a Fallingwater, a célebre casa projectada por Frank Lloyd Wright no final dos anos 30, aceitando o desafio de construi-la não em frente nem ao lado da cascata, como seria previsível, mas em cima dela, complementando-se reciprocamente. Foi casa de fim-de-semana dos Kaufmann, entre 1937 e 1963, abrindo ao público no ano seguinte e recebido mais de dois milhões e setecentos mil visitantes, desde então. Segundo o mesmo site, a Fallingwater é a única casa de Wright que permanece intocável e conserva o mobiliário da época. (...) Enquanto os responsáveis pela dispendiosa conservação e manutenção da Fallingwater, a que não será alheia a abertura ao público, a impedem de uma existência futura destinada à ruína, pondero se não será a dispendiosa remoção da casa de Salgueirais que a continua a preservar de se converter numa ruína, prevalecendo como memória indelével de um passado irremediavelmente arruinado à mercê da predação pública, que fotografei emocionado como se pronunciasse a palavra casa.

1 comentário:

alexandra g. disse...

Eu gosto é de derrubar os deuses.

Para os tornar humanos. Aproximá-los. Li não sei onde que o Frank Lloyd Wright desenhou o primeiro esboço desta casa histórica num voo para a reunião com os clientes, em 15 minutos.

Eu sempre acreditei na perfeição, que é uma coisa chamada urgência, aprox.