10 de agosto de 2013

Nem sempre a lápis (384)

Longe do mundo

3. A casa extingue-se na tarde. Por momentos tenho a ilusão do silêncio,
e apenas o estalido dos salgueiros me lembra que estou vivo. Que uma sombra me aguarda.

Quando tudo retoma o seu lugar, um trilho escoou-se sob os meus pés.



A voz ecoa na planície e as alfaias são inúteis como palavras numa folha em branco.
Vi as aves dirigirem-se para o Sul com as asas cheias de esperança e mosto.

Setembro é tudo o que conservo e alimento.

Sem comentários: